Em resposta a um desafio sugerido num grupo de escritores nas redes sociais…
Aqui fica um dos meus drabbles (uma história em, exactamente, 100 palavras, título excluído da contagem), em jeito de celebração do dia dos namorados que aí vem.
O tema? O Amor…
Memórias
Deixo as memórias queimar, passar por mim como ferros em brasa, destruindo a pele em que tocam. O roçar dos teus dedos, a perna encostada, os lábios no meu rosto, aquele olhar. Deixo-as entrar, passear dentro do peito, queimar tudo à sua passagem. Deixo-as invadir-me, sem bloqueio nem travão. Sem editar, nem ignorar. Precisam queimar, arrancar toda a pele, chegar à carne mais profunda para que, ao retirar o ferro em brasa, possa restar a pele engrossada, a cicatriz dura, que não mais deixará que as memórias me voltem a queimar. Deixo as memórias queimar. São tudo o que tenho.
ΦΦΦΦΦ
Gostaram deste artigo? Então subscrevam este blogue e recebam todas as novidades por e-mail.
Ou
Conectem-se comigo aqui:
Sara Farinha 
Pingback: Recursos do Escritor: Palavras à Solta ou Confinadas? | Sara Farinha