Adeus sarinhafarinha.wordpress. Olá sarafarinha.com


cabeçalho blogMudei-me. Ah! pois é! Acabou-se o sarinhafarinha.wordpress.com e arranca o blog.sarafarinha.com

Qual é a diferença? Ahhhh diz que sarafarinha.com está oficialmente registado. E, também diz que, agora é a doer.

Mas, primeiro, vou contar-vos um pouquinho das aventuras deste blogue…

2007 foi o ano em que inaugurei a minha presença online. O meu primeiro blogue foi um exercício de experimentação, uma espécie de compilação das coisas que me (co)moviam. Nada sabia das regras de ter e manter um blogue mas, mesmo assim, arrisquei e andei por ali a brincar durante uns tempos.

Ao meu primeiro espaço virtual chamei ‘Mensagem’ em homenagem a esse nosso grande poeta Fernando Pessoa, e alojei-o no Blogger. Não sei ao certo quantas visitas tinha, masfernando-pessoa seriam decerto muitíssimo poucas… como é normal para qualquer blogue novo, de alguém desconhecido, e sem grandes ideias sobre qual o objecto/objectivo.

Andei por ali uns tempos, já não sei precisar quantos, em modo on/off e, depois de um período de mais off que on, acabei por perder o acesso ao espaço virtual (cenas à minha moda…)

Após muitas horas de leitura sobre escrita de blogues, objectivos, técnicas e afins, escolhi o serviço que me pareceu ser fácil de gerir, com uma liberdade maior em termos de características do espaço, e aquele que melhores referências tinha, caso optasse por fazer um upgrade. Então, decidi mudar-me para o wordpress.

Em 2010 inaugurei a minha nova morada virtual e, como não podia deixar de ser, houve banner_2014um contratempo (bem à moda da Sara): o meu nome já não estava disponível pelo que a pessoa que me ajudou a criar o perfil decidiu que sarinhafarinha era o ideal… Cenas à parte, o nome ficou (para meu grande horror) e o blogue também.

Contra todas as expectativas, em sacrifício do tempo pessoal e, por vezes, contra tudo e todos, comecei a escrever e a publicar neste meu espacinho virtual. Numas semanas com mais artigos, noutras com menos, recordo-me de celebrar com genuína felicidade as 15 visitas num dia, as 50 e, depois, as 100. Pouco a pouco e, artigo a artigo, fui construindo a minha base e o meu perfil público, preparando o que seria o lançamento do meu primeiro livro (em 29 de Novembro de 2011).

Ao longo dos anos, os números têm aumentado. Das 52 visitas no primeiro ano de wordpress para as quase 37.000 em 2014. As pessoas têm regressado ao blogue de forma constante, os comentários e os e-mails têm surgido, e a noção que ajudo quem lê é motivo de orgulho profundo.

Conto 99.705 visitas. E, não são visitas únicas mas pessoas que voltam e que quando visitam não se ficam pela primeira página. São pessoas que seguem o meu espaço virtual, e as redes sociais em que me incluo. São pessoas que, se silenciosas, na sua maioria, mostram que estão presentes e interessadas naquilo que publico. E, a todas elas, quero comunicar o meu maior obrigada.

Às vezes é tão difícil reclamarmos para nós a designação de escritor. Particularmente naquelas fases em que não conseguimos encaixar o tempo para escrever ou, quando o temos, não dispomos da energia para o fazer. E quantos de vós se identificam com isto? Muitos, decerto.

A míriade de projectos que mantemos, devemos manter, e/ou desejamos manter é imensa e, por isso, manter o ritmo nas várias frentes é por vezes assombrosamente esmagador. Um blogue é uma óptima ideia mas… e os livros? e os contos? e o diário? e tudo o resto que temos de fazer? Ao fim de uns tempos torna-se difícil continuar a demonstrar as nossas capacidades de equilibristas. Muitos desistem. Alguns arranjam outras soluções. Uma pequena percentagem persiste.

E, como tinha pouco com que me coçar, em 2015 cá estou eu a inaugurar este novo espaço.

Em 8 anos de blogue descobri e aprendi muito. Têm sido anos de escrita específica, emteclado constante aperfeiçoamento, anos de uma espécie de Diário de Bordo nesta viagem por mares, ora calmos, ora revoltos. Anos a perseguir outros sonhos, cujo esforço não se espelha, neste espaço virtual mas que fazem parte deste percurso.

8 anos depois, não mudo a viagem, mas mudo o destino. Assegurei o espaço virtual para o meu nome e inauguro aqui o caminho directo para a minha plataforma autoral. Felizmente, a tecnologia hoje em dia já permite trazer comigo os anos de blogue wordpress com tudo o que escrevi e vivi nas páginas do passado (curioso. Tal e qual como a história da nossa vida.)

Persegui este projecto porque queria comunicar convosco, e como introvertida que sou, é sempre algo delicado de gerir. O meu alento em dias (noites) difíceis é saber que posso ajudar alguém a ir atrás dos seus próprios sonhos. Mesmo que o tema não seja o mesmo e o sonho bem distinto do meu. No final do dia, quando as pálpebras começam a pesar, e o cansaço a trepar, é isto (e mais umas coisas) que me impele a continuar. Como desistir não tem sido opção… Inauguro hoje a minha nova morada virtual: blog.sarafarinha.com

Com os caminhos em aberto e os olhos no horizonte, espero celebrar muitas mais visitas nos anos que aí vêm.

Este é o meu último artigo neste blogue pelo que peço-vos que subscrevam o novo espaço vitual em http://blog.sarafarinha.com/ e… Sejam Bem-Vindos ao meu novo cantinho virtual…

Não se esqueçam de subscrever o novo blogue por e-mail no botãozito redondo disponível em http://blog.sarafarinha.com/

 

ΦΦΦΦΦ

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Recursos do Escritor: Palavras à Solta ou Confinadas?


imagination_Ray BradburyManter um Diário: 59.ª tentativa… A grande odiosa tarefa de escrever um diário. Acho que, de certa forma, o blogue acaba por servir para isto também. Um blogue é um Diário. E que coisa tão egoísta de se dizer… É. Os blogues servem para nos expressarmos como indivíduos e ao fazê-lo podemos criar algo com que os outros se identifiquem e que lhes seja útil.

Há uns anos, após me deparar com a necessidade de separar Escritos de Leituras e de Publicações Literárias, criei um espaço especial para este tipo de textos. Tenho toda uma tag que uso para textos mais opiniativos, de escrita menos formal, e mais pessoal.

‘Palavras Soltas’ foi criada para encaixar aquelas coisas que, não sendo muito encaixáveis nos temas do blogue, serviam para partilhar algumas opiniões  e situações do foro mais pessoal. O sítio onde os temas que me ocupam a mente no momento presente são expostos. Os temas sobre os quais tenho sentimentos muito fortes. As situações que não posso deixar de registar.

Esses momentos partilhados online, deveriam ser os que iriam parar às páginas de um diário. Escritos de forma totalmente frontal, sem qualquer temor de afectar as vidasIMG_2799 humanas que me cercam. Já não sei quantas vezes tentei dar início a um ritual deste tipo. Perdi a conta ao número de vezes que encetei um “diário” (adoro escrever na primeira página de qualquer bloco ou caderno), apenas para o arrumar no dia seguinte. A ideia de partilhar o que me ocorre no momento assusta-me. Suspeito que, em breve, se transformaria num bloco de queixas. E que ideia tão simpática… ou não.

E sempre tive a noção que aquilo que se escreve em franqueza absoluta pode voltar para nos morder no rabiosque.

Um diário não serve como prática de escrita ficcional. Pode ser visto como uma profunda perda de tempo,  na consideração de escrever ficção no pouco tempo útil que nos resta (depois de aturarmos as m***** de toda a gente, após o que é, geralmente, um dia muito longo). Este é um argumento.

Outro é: tudo depende do objectivo e da forma como vivemos/utilizamos algo. Tudo depende daquilo que procuramos treinar ao repetirmos o acto de apontar o que nosjournal acontece diariamente.

É uma ponte entre o Eu do passado e o Eu do presente, não nos deixando esquecer as nossas maiores pérolas, permitindo-nos crescer como autores e ter alguma medida daquilo pelo que passámos e do que devemos retirar dessas experiências. É uma medida da nossa própria ignorância, algures num ponto no tempo, e de como a superámos. Uma medida da nossa inocência, também, e de como a perdemos.

A diary is useful during conscious, intentional, and painful spiritual evolutions. Then you want to know where you stand… An intimate diary is interesting especially when it records the awakening of ideas; or the awakening of the senses at puberty; or else when you feel yourself to be dying. André Gide

 

Tendo a concordar com ele… e por isso andar sempre a namorar a ideia de manter um diário.

 

Of course, a writer’s journal must not be judged by the standards of a diary. The notebooks of a writer have a very special function: in them he builds up, piece by piece, the identity of a writer to himself. Typically, writers’ notebooks are crammed with statements about the will: the will to write, the will to love, the will to renounce love, the will to go on living. The journal is where a writer is heroic to himself. In it he exists solely as a perceiving, suffering, struggling being. Susan Sontag

Plano 2013Constrói a identidade do escritor para si próprio… Aqui está uma ideia interessante. São estas perspectivas que me impelem a perseguir esta ideia. No meu caso, há todo um conjunto de notas, cadernos, ficheiros word e notas de Evernote, pequenos fragmentos de coisas e cenas que vou apontando aqui e ali na esperança de um dia, serem o início do fio que desenrolará a meada e que me fará produzir outras coisas maiores e melhores.

Um diário de autor serve para provar (a nós mesmos?!) que pensamos. Que reflectimos… e muito. Demasiado, por vezes. E que aquilo em que pensamos altera-se no tempo. Que mudamos, e evoluímos, como pessoas. E que essa predisposição para reflectir, conjugar e modificar comportamentos faz parte das nossas características como escritores.

Na verdade iremos ser sempre pressionados para ser o que não somos, para corresponder a expectativas irrealistas ou, pior, para confirmarmos as piores ideias que os outros têm de nós, mas não é razoável pensar que podemos agradar a todos. É um esforço impossível, brutal, vazio e deprimente. É destrutor da auto-estima e um desperdício de energias. Sara Farinha em ‘Paranóias de Infância’

palavras soltasAinda não é desta que inicio um diário formal mas vou continuar a manter os inúmeros apontamentos espalhados por aí. Blocos e bloquinhos, cadernos e agendas, pedaços de papel rasgados e ficheiros de texto, todos servem. Tudo se mantém. Até este meu espaço de ‘Palavras Soltas’ à solta no tempo e no espaço virtual… façam-me uma visita naquilo que tenho de aproximado com um diário e talvez percebam porque é importante, para um escritor, manter algo parecido com um diário.

ΦΦ

Artigos Relacionados:

Palavras Soltas: Nunca sabemos que palavras nos (vos) tocam – “Passamos mais tempo ainda a sobreviver àquilo que nos é infligido por aqueles cuja opinião conta (e muito) na esperança de, um dia, não nos deixarmos afectar dessa forma.

Homenagem ao Autor Português – “Vamos incentivar a justa retribuição do trabalho artístico, pois os nossos artistas são a Alma deste mundo (enquanto os outros poderão ser as suas mãos, os seus pés e o seu cérebro).

Paranóias de infância – “É! Recordo-me de algumas destas… e todas elas tendem a fazer os outros gostarem um pouco menos de nós.”

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Palavras Soltas: Nunca sabemos que palavras nos (vos) tocam


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‘… words had the power to inspire; that you never know when what you’re saying is exactly the right thing at exactly the right time for someone. And she’s right. Remember that every time someone tells you your writing isn’t important, or the doubtful voice in your head tells you it won’t matter. Because guess what? You’re a writer.’ In ‘How We Treat Writers’ by C. Hope Clark

Estas são as palavras que me fizeram concluir que este é um artigo a partilhar. ‘Just A Few Words By Maureen Tanafon’ tocou-me de uma forma muito especial.

Maureen escreve sobre algo que é a realidade da maioria de nós, escritores ou aspirantes.Passamos grande parte do nosso tempo a encaixar aquilo que os outros imprimem (ou tentam) na nossa forma de vida. Passamos mais tempo ainda a sobreviver àquilo que nos é infligido por aqueles cuja opinião conta (e muito) na esperança de, um dia, não nos deixarmos afectar dessa forma.

Indubitavelmente, isto é algo pelo qual todos nós passamos. Da mesma forma que quem escolhe determinadas áreas/carreiras, decerto procura resolver algo em si, ou naquilo que o rodeia, também o escritor é um desses indivíduos. Procuramos contribuir com o nosso melhor, sempre acompanhados pela a desvantagem de ser algo muito trabalhoso, financeiramente instável, e com uma hipótese gigantesca de nunca sair da esfera dos passatempos dispendiosos em tempo, atenção, dinheiro e privações várias.

Em poucas linhas, quero ressaltar duas ideias sobre este artigo. A primeira é que todos combatemos os nossos próprios demónios. As vozinhas interiores, os discursos deprimentes e repressivos de um ou mais agentes de oposição.

Todos passámos, passamos e iremos passar por isso. Cabe-nos a nós próprios ignorá-los, detê-los e/ou colocá-los no seu devido lugar (e depois arranjar um canto recatado para ir lamber as feridas).

A outra ideia é que a escrita é um modo de exorcizar esses demónios. Essas coisas são material. Tudo é material para a nossa escrita. Como diz aquela piadola: se queriam que escrevesse coisas boas sobre vocês, deviam ter-se portado melhor… ou algo do género.

Não fui uma escritora tardia, mas fui uma escritora que não sabia que o era. E não, não tenho uns progenitores depreciativamente críticos. Mas tive uma educação (e uma forma de ser) que incentivou, e elevou, a auto-crítica e o desejo de perfeccionismo a níveis exasperantes (e algo deprimentes). A ponto de acreditar sempre, como primeira opção, que o auto-sacrifício é o melhor remédio ao invés de aceitar que este é e deve ser distribuído por todos (ou ninguém conseguirá ser feliz). E que não há nada que seja perfeito. Mas, acima de tudo, que não ser perfeito não faz mal.

Como pessoas, somos sensíveis. Como escritores, somos extremamente atentos àquelas coisas às quais poucas almas prestam alguma atenção. Por isso, e por muito mais, a nossa auto-estima será sempre uma fina flor, carente de atenção, e destinada à análise profunda.

Como Maureen afirma: “You never know what words might touch you. You never know what words of yours might touch others.” É a mais pura das verdades.

ΦΦ

Artigos Relacionados:

Palavras Soltas: O burro, erros e a ditadura – “Há coisas muito úteis, uma delas é ver os outros errar. Observar os erros alheios, desde que estejamos receptivos a analisá-los, é uma lição e tanto.”

Palavras Soltas: Medo num mundinho pequenino – “Ter coragem no medo. Na escrita, como em tudo na vida, acho que aprendemos a viver com o medo. Ignoramo-lo quando é preciso, enfrentamo-lo quando não vemos nenhuma opção viável, acomodamo-lo à nossa forma de ser e de pensar.”

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